Novos dados vêm relançar a polémica sobre os efeitos dos telemóveis para a saúde humana. Um médico inglês voltou a chamar a atenção para o aceleramento das respostas do cérebro provocadas pelas radiações dos telemóveis.

Os dados ainda não são conclusivos, mas Alan Preece, do Centro Oncológico de Bristol, diz que ''não se pode mais ignorar as relações entre o aumento de tumores cerebrais e o uso de telefones celulares''.

Preece falava no decorrer de uma conferência em Londres sobre os riscos do uso do telemóvel para a saúde. O neurologista diz estar convencido de que as radiações desencadeiam no corpo processos químicos que podem ser perigosos para a saúde humana. Em causa está o aumento de doenças cancerígenas entre os utilizadores de telemóveis, provocado pela activação de determinadas proteínas.

Este é o sexto estudo, nos últimos anos, a apontar para relações de causa-efeito entre tumores cerebrais e uso de telemóveis. Os médicos voltam a pedir novos estudos, depois de, em 2000, a Organização Mundial de Saúde ter assegurado não haver provas científicas dos eventuais perigos do uso do telemóvel.

Também no mesmo ano, uma comissão médica criada pelo governo britânico, não conseguiu estabelecer relações de causa e efeito. Mas os dados encontrados foram suficientes para os médicos proporem a restrição de uso de telemóveis às crianças.

A Ericsson promete para o próximo mês de Outubro a divulgação dos níveis de radiação emitidos pelos vários telemóveis da marca.

Um outro estudo científico está entretanto em vias de ser publicado. Desta feita, médicos suecos apontam para as relações das radiações com alterações do sono e bio-ritmo.

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