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O Salon.com, um dos sites de informação mais conhecidos na Internet, irá lançar no próximo mês uma nova modalidade para os seus leitores: uma subscrição anual sem qualquer tipo de publicidade.
Davis Talbot, o director da publicação on-line baseada em São Francisco (e conotada com a esquerda progressista), num editorial de hoje, explica que a opção por uma modalidade de assinatura anual tem como objectivo manter o jornal a funcionar.
A assinatura anual será de 30 dólares (perto de sete mil escudos) e os leitores que optarem por esta modalidade ficarão ''livres'' das novas formas de publicidade que serão introduzidas na publicação gratuita, ou seja, grandes espaços publicitários no meio das notícias, à semelhança do que já faz a CNET e a ZDNet. Para além disso, terão acesso a conteúdos extra que estarão indisponíveis para a versão gratuita.
No entanto o panorama para a Salon.com, a julgar por experiências anteriores, não é muito animador. Outras publicações, como foi o caso da Slate, tiveram que voltar atrás na decisão de pedir uma subscrição anual. Em 1998 pediram uma assinatura anual de 19.95 dólares mas no ano seguinte foram obrigados a voltar atrás depois de os seus leitores pagantes passarem de 140 mil para apenas 30 mil.
Pelo contrário, existe o bom exemplo do Wall Street Journal, que viu os seus subscritores pagantes aumentarem 55 por cento no último ano, atingindo os 266 mil.
Lançada há cinco anos, a Salon.com afirma contar com 2.7 milhões de visitantes por mês. Com a nova estratégia, o objectivo é atrair 54 mil novos leitores pagantes, que a ser alcançado, poderá traduzir-se num retorno de 1.6 milhões de dólares no primeiro ano, de acordo com documentos da Securities and Exchange Commission citados pela Associated Press.
A mudança da filosofia da gratuitidade dos conteúdos na Internet parece também já ter atingido Portugal. Ainda na semana passada, o presidente da Impresa, Francisco Pinto Balsemão, adiantou que o jornal ''Expresso'' será o primeiro título do grupo a avançar para a modalidade de subscrição paga dos seus conteúdos.
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