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01/06/2001 - José Borregana | Enviar por email Versão impressora | |
Lutando contra o cancro no computador | ||
A Internet abriu uma nova forma que permite ao comum dos mortais ajudar na medida do possível para a descoberta da cura do cancro. O projecto mais ambicioso de computação distribuída via Internet está em curso. PCs voluntáriosBastando ter um PC com ligação à Internet, é possível utilizar o software da United Devices, para voluntariar algum tempo do seu computador na tentativa de encontrar novos princípios activos para uma nova gama de medicamentos para o tratamento do cancro. O programa Think da United Devices foi lançado como um novo projecto de computação distribuída para investigar medicamentos que auxiliem na luta contra o Cancro. O projecto, liderado pela Oxford University, usa tecnologia peer-to-peer e deverá necessitar de 6 milhões de computadores durante dois anos. O Think foi idealizado para se actualizar automaticamente via Internet para upgrades, e é mesmo capaz de alterar o seu core de cálculo, podendo ser utilizado em cálculos de engenharia e financeiros. Actualmente, o Think é sem dúvida o programa mais avançado em termos de cliente para uma rede de processamento distribuída. 116 milhões de horasActualmente, (e em apenas dois meses) existem já mais 400 mil voluntários e mais de 630 mil computadores a processar dados, tendo atingindo o impressionante número de 116 milhões de horas de computação e respectivos resultados devolvidos ao servidor. Este projecto é em grande parte semelhante ao projecto de computação distribuída via Interntet Seti@home, que tenta analisar sinais rádio vindos do espaço que possam ter origem inteligente. O sistema, que é patrocinado pela Intel através da iniciativa Intel Philanthropic Peer-to-Peer Program, tem o envolvimento da National Foundation for Cancer Research e da United Devices, que gere o sistema. Segundo um representante da National Foundation for Cancer Research, este programa poderá acelerar a descoberta de novas drogas contra o cancro num período de três a cinco anos.
Os participantes contribuem com o tempo em que os seus computadores estão menos activos, altura em que um programa ''cliente'' (que varia conforme o tipo de projecto a que se destina) inicia os cálculos necessários. Existe a opção de activar o cliente apenas quando arranca o protector de ecrã ou se preferir mantê-lo sempre em funcionamento, o que obviamente consome mais recursos do seu computador.
Em vez dos utilizadores terem os seus computadores em stand-by, eles podem ser usados em experiências científicas como simulações de drogas para a cura do cancro. Para isso, existem simulações e cálculos, que estimam quais seriam as reacções moleculares nas proteínas alvo associadas ao desenvolvimento de um tumor.
Desta vez, a iniciativa pretende testar inúmeras moléculas e apreciar que tipo de reacção elas podem produzir nas proteínas associadas a tumores. Claro que a vulgar lixívia deve funcionar, mas os seus efeitos secundários não são muito viáveis. Daí que se procurem novas soluções e, testando novas moléculas, poder-se-à encontrar soluções mais interessantes. É a sua vezO projecto não promete resultados, como uma cura milagrosa do cancro, mas o objectivo de permitir a descoberta de novas drogas e fazer avançar em vários anos a investigação farmacêutica merece a nossa atenção.
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