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A Jazz Telecom anunciou, na terça-feira, que está a negociar uma operação de reestruturação das suas obrigações de alto rendimento, o que permitirá à empresa aceder a 50 milhões de euros da linha de crédito até ao final do mês de Fevereiro de 2003.

Segundo foi adiantado pela empresa, esta operação tem como objectivo a "redução substancial da dívida da Jazztel" e poderá permitir a antecipação do break-even.

Mas, apesar do comunicado oficial sublinhar que a Jazztel Portugal não será afectada pela reestruturação, uma fonte oficial da empresa confirmou à Digito que a nova estratégia irá implicar um "melhor aproveitamento das sinergias ibéricas", o que poderá resultar em "reajustamentos" ao nível dos quadros de pessoal e na "alocação de funcionários em outras empresas".

No entanto, a mesma fonte desmentiu informações surgidas nos últimos dias, que apontam para a existência de despedimentos na ordem dos 30 a 60 por cento do pessoal da Jazztel em Portugal.

Sobre o processo de reestruturação, o administrador-delegado da Jazztel, António Carro, defendeu que "representa o primeiro passo para que a Jazztel seja capaz de ter um papel relevante na consolidação do mercado de telecomunicações. Confiamos no processo que já foi finalizado com êxito por outros operadores comparáveis, tanto nos Estados Unidos, como na Europa. O processo não afectará os nossos clientes, fornecedores e credores, e o nosso negócio continuará a desenvolver-se da mesma forma que no passado."

A empresa esclareceu ainda que, apesar de manter a convicção de que "existem oportunidades de consolidação entre os operadores de telefonia fixa em Espanha e Portugal e ter a firme intenção de participar no processo de consolidação", optou por adiar até à conclusão do processo de reestruturação todas as conversações com outros operadores no que respeita a possíveis fusões.