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Internet grátis com os dias contados

O modelo de negócios dos ISP vai no sentido de pôr fim ao acesso gratuito. Esta é, pelo menos, a opinião de Luís Ribeiro , presidente da Telepac e administrador da Lusomundo , revelada ao ''Público''. Para Luís Ribeiro, o mercado caminha para o acesso fechado, juntamente com a actividade da ASP (Application Service Provider), isto é, funcionalidades que permitem às empresas explorar a Web como um novo canal de negócio. Neste processo, adiantou ainda, é fundamental que as empresas tenham condições financeiras, que permitam suportar os ''timings'', assim como uma base de clientes pagos. A mesma fonte, citada pelo referido jornal, considera que o novo modelo de interligação à Net, estabelecido pelo ICP, é positivo para os ISP, que passam a fixar o preço ao cliente final. No entanto, Luís Ribeiro, não deixou de salientar que o pagamento pelo acesso não vai ser fácil, uma vez que o mercado está já muito familiarizado com o acesso gratuito. Assim, defende que a transição deverá ser feita de forma gradual e terá que ser acompanhada por mais-valias para o cliente, como sejam os conteúdos diferenciados. Refira-se que, no final de 2000, o número de clientes pagos da Telepac atingia os 120 mil, uma perda de 23 por cento em 15 meses de acesso gratuito. Outra empresa do grupo PT , a Saber & Lazer (S&L), proprietária do portal Sapo e fornecedora dos seus conteúdos, também registou uma quebra nas receitas. Estima-se que os portais de Internet, em Portugal e no Brasil, tenham verificado um prejuízo conjunto de 15,3 milhões de contos. A Telepac foi o último grande ISP em Portugal a aderir ao acesso gratuito, uma opção motivada pela pressão da concorrência.

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