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Worm ataca utilizadores do Gnutella

Os utilizadores da rede Gnutella estão a ser alvo de um worm que muda de nome sempre que uma pesquisa passa através do software, tentando iludir quem procura por um determinado ficheiro.

O worm em causa foi denominado Mandragore e utiliza a rede descentralizada peer-to-peer de troca de ficheiros do Gnutella para se propagar. O Mandragore usa uma forma de actuação eficaz interagindo com o Gnutella alterando o seu nome sempre que uma pesquisa na rede passa pelo cliente. Desta forma os utilizadores são levados a crer que se trata do ficheiro que procuram, fazendo o download do worm.

Depois de activado o worm tenta novamente contaminar outros utilizadores da rede Gnutella. As empresas de anti-vírus não o consideram perigoso uma vez que não causa ''danos'' e só se tenta propagar via Gnutella, e que os utilizadores mais atentos notam que o ficheiro é demasiado pequeno (apenas 8192 bytes) para ser aquilo que procuram. Contudo este worm prova que é possível criar variantes bem mais destrutivas que usem este tipo de redes para se propagarem.

O Gnutella foi originalmente desenvolvido pela Nullsoft e posteriormente abandonado em Março do ano passado, quando a empresa-mãe (a toda poderosa AOL) se apercebeu dos problemas legais que o Gnutella lhe traria.

Este programa não necessita de servidor central para permitir buscas de ficheiros ou os seus respectivos downloads, o que em grosso modo se traduz por inexistência de controlo sobre o que os utilizadores estão a fazer. O Gnutella permite busca de ficheiros em tempo real (no momento da busca emite um pedido que é passado de utilizador em utilizador e que é devolvido caso encontre o pedido). Além disso, virtualmente todos os tipos de ficheiros são passíveis de serem trocados bastando que alguém os tenha no seu directório de partilha.

O Gnutella tem vindo a ser apontado como um dos sucessores do Napster caso a sua rede troca de ficheiros seja encerrada devido à polémica e problemas legais que a troca de ficheiros musicais tem gerado.


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