A crise da chamada Nova Economia parece não poupar ninguém. Empresas como a VA Linux estão com problemas, o que significa que sites emblemáticos como o Slashdot estão a atravessar algumas dificuldades.

Esta situação mostra que nem os militantes mais activos do movimento open source - que defendem a ''partilha'' e o desenvolvimento conjunto de todo o tipo de software (para além de criticarem tudo o que esteja relacionado com a Microsoft) - conseguem escapar da crise que tem atravessado todos os sectores ligados à Nova Economia.

De acordo com o Inside.com, a VA Linux está prestes a abandonar o negócio do hardware e prepara-se para despedir cerca de 35 por cento da sua força de trabalho. A ideia inicial desta empresa, que adoptou o nome do sistema operativo Linux desenvolvido por Linus Torvalds, era construir máquinas que utilizassem o Linux e em seguida vender serviços necessários para operar essas máquinas.

Assim, procurou integrar todos os aspectos da ''cadeia'' open source, tendo adquirido a Andover.Net no final do ano passado (a Andover é a proprietária do Slashdot desde 1999). Todos os sites da Andover foram incluídos na rede de desenvolvimento open source da VA Linux (constituída por 12 sites que geram diariamente cerca de 3.5 milhões de page views) e que tem como ''porta-estandarte'' o Slashdot, que surgiu em 1997, e que contribui com 1.2 milhões de page views diárias.

A questão que se coloca neste momento é a capacidade do Slashdot sobreviver sem pôr em causa a sua independência. É preciso não esquecer que empresas como a IBM, Dell ou Compaq também se envolveram no ''mercado Linux'', com a IBM a anunciar um investimento para 2001 na ordem dos mil milhões de dólares para promover os seus negócios relacionados com o sistema operativo Linux.

Resta agora conhecer o impacto que os cortes na VA Linux poderão ter para o Slashdot. Para já, os seus responsáveis não se mostram muito preocupados. O seu fundador, Rob Malda, afirmou mesmo que ''o meu papel não deverá alterar-se: fazer correr o Slashdot''.

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