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A AOL Time Warner, Bertelsmann, EMI e a RealNetworks anunciaram ontem a criação do MusicNet, um serviço de distribuição de música on-line sujeito a uma taxa paga e que será constituído como uma empresa independente. A RealNetworks detém 40 por cento enquanto que as restantes empresas deterão, cada uma, 20 por cento do capital. É mais uma tentativa de travar o Napster.
De acordo com um comunicado conjunto, citado pela Reuters, a AOL Time Warner ficará encarregue da cobrança das taxas nos diferentes sites (o serviço estará disponível nos sites pertencentes aos quatro gigantes) enquanto que a RealNetworks será responsável pelo sistema de audição de músicas e visionamento de vídeos on-line. O comunicado adianta ainda que esta aliança não está fechada, existindo a possibilidade de entrada de novos parceiros.
O acordo prevê o licenciamento conjunto dos direitos musicais detidos pelas editoras Warner Music, BMG Entertainment e EMI Recorded Music. A plataforma tecnológica a construir poderá inclusive ser vendida a outras empresas que queiram vender música na Net, Napster incluída. As primeiras empresas a fazê-lo serão a America Online e a RealNetworks, que deverão lançar os seus serviços até ao final deste ano.
O MusicNet é mais um dos serviços criados com o objectivo de atingir a popularidade do Napster, à semelhança da Duet, o serviço de música on-line criado pela Vivendi Universal e Sony no passado mês de Fevereiro. Em conjunto, estes dois serviços representam cerca de 87 por cento da produção musical mundial (40 por cento para a MusicNet e 47 por cento para a Duet).
Nem a propósito, hoje, 3 de Abril, a Napster está a promover uma manifestação na capital dos Estados Unidos, dia em que está agendada uma audiência no Congresso norte-americano sobre direitos de autor na Internet. A Napster Action Network oferece t-shirts aos primeiros manifestantes a chegarem e concertos grátis pelos bares de Washington.
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