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A ZDNet UK enviou ao portal Yahoo a identidade de alguns pedófilos que descobriu nos seus chats, no decorrer de uma investigação jornalística. Essas identidades seguiram também para a polícia.
Depois de inúmeras pressões para que o Yahoo banisse dos seus chats, feitos através do Yahoo Messenger, uma série de pedófilos, o gigante norte-americano veio agora a terreiro afirmar que irá agir contra essa prática nos seus chats, apagando as contas dos infractores.
Tudo começou com uma investigação jornalística levada a cabo pela ZDNet UK, intitulada ''Tina Bell Diaries'', onde o jornalista Richard Barry se fez passar por Tina Bell, uma menina de 12 anos, ''criada'' por uma equipa de psicólogos que construíram o perfil de uma jovem vulnerável a este tipo de ataques.
Ao longo de quatro semanas de chats, Tina Bell foi abordada por inúmeros indivíduos interessados em falar sobre questões sexuais, nomeadamente relações sexuais com adultos. Para além disso, a ZDNet afirma que muitos dos chats onde entrou continham banners com links para sites pornográficos, situação que não é referida em nenhum momento da adesão aos chats. A este respeito, a Yahoo negou que tal acontecesse, acrescentando que não explorava comercialmente esses banners.
Toda esta questão ganhou eco por toda a Grã-Bretanha, onde a ''caça'' aos pedófilos já está aberta há algum tempo. A Yahoo, em vez de agir, acabou por reagir, e mesmo assim, está há meses para tentar bloquear este tipo de práticas nos seus chats. A história chegou mesmo a causar alguma polémica dentro da própria ZDNet, que, alegando dificuldades técnicas, não levou em consideração o apelo da sua filial britânica para retirar o link para o download do Yahoo Messenger ou para colocar um aviso que chamasse a atenção para estas práticas.
Naturalmente estas práticas são bem conhecidas dos cibernautas mais experientes e, tal como acontece no Yahoo, a pedofilia está instalada em milhões de chats a ocorrer neste momento na Internet. A resolução para o problema é que se torna difícil de encontrar. Mas uns avisos para a possibilidade de isso acontecer no momento de adesão aos chats poderia ser um primeiro passo para evitar a ocorrência de crimes deste género.
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