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Um executivo norte-americano irá tornar-se o primeiro turista espacial do mundo. A viagem, que inclui estadia na estação espacial Mir, custará 20 milhões de dólares.
A primeira experiência de turismo espacial insere-se numa campanha de angariação de fundos, levada a cabo pela MirCorp, para evitar o desmantelamento da estação espacial russa Mir. Esta empresa, sediada na Holanda, conseguiu inverter o processo de morte anunciada da estação russa, tendo lançado, em Abril, uma missão espacial com o objectivo de preparar a Mir para a futura comercialização de viagens espaciais.
O anúncio do início das viagens de turismo espacial foi feito na passada sexta-feira, dia em que terminou a missão de reparação da Mir. A MirCorp disse, em comunicado, que ''os cosmonautas confirmam o bom estado da Mir e a sua mais valia para o mundo dos negócios. De momento, estamos a preparar a estrutura necessária para as próximas missões''.
O turista espacial será Dennis Tito, presidente da Wilshire Associates, e que conta já com alguma experiência na área, tendo trabalhado no Laboratório de Propulsão a Jacto dos Estados Unidos e colaborado com as primeiras explorações a Marte e Vénus, nos anos 60 e 70. Para além disso tem 20 milhões de dólares para ficar na história das viagens espaciais. A missão durará 10 dias mas ainda não foi revelada a data da viagem.
Recorde-se que a Mir, o ex-libris do programa espacial soviético, tem cerca de 14 anos e esteve cerca de oito meses à deriva, depois de ter sido devastada por um incêndio e de ter colidido com uma nave espacial em 1997.
Para os russos, a MirCorp poderá ser a última esperança para a sobrevivência da Mir e as viagens de turismo espacial o primeiro passo para essa recuperação.
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