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15/02/2000 - Lusa | Enviar por email Versão impressora | |
Invento português entre 300 melhores | ||
(Lusa) - O projecto português de desenvolvimento de uma bengala dotada de um sensor acústico que permite aos cegos orientar-se em espaços públicos foi considerado um dos trezentos melhores trabalhos de investigação a nível mundial.
Os autores do projecto foram convidados a apresenta-lo publicamente na Expo 2000, em Hannover, Alemanha, no âmbito do encontro internacional "Shaping the Future" para apresentação dos 300 melhores trabalhos de investigação com potencialidades para serem desenvolvidos. Em declarações à Agência Lusa, Pedro Teixeira, um dos autores do projecto, disse que o convite foi formulado pela Universidade de Hannover, não estando ainda definida a data de apresentação do evento. O projecto consiste numa bengala dotada de um sensor acústico que permite que os cegos se orientem em espaços desconhecidos. Através de um auricular, o deficiente visual vai recebendo informações sobre o trajecto que está a percorrer e o local exacto onde se encontra. O funcionamento deste novo sistema obriga à colocação ao longo do trajecto de uma espécie de fita (ligada a um sistema electrónico central) que vai emitindo sinais eléctricos para o sensor colocado na bengala. O sistema poderá ser implementado, por exemplo, nos edifícios públicos. O jovem investigador, finalista do curso de Engenharia Electrónica e de Computadores da Faculdade de Engenharia do Porto, que desenvolveu o projecto em colaboração com o professor Artur Costa, salientou a necessidade do apoio do Estado em duas vertentes: desenvolvimento e implementação. Relativamente aos custos para o utilizador, Pedro Teixeira afirmou serem ''pouco significativos'', principalmente se houver apoio estatal. O projecto foi recentemente apresentado ao secretário Nacional para a Reabilitação, Vitorino Vieira Dias, que o considerou "inovador e susceptível" de ser apoiado. A ''bengala sonora'' foi também apresentada ao presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) que manifestou ''grande interesse'' no desenvolvimento e aplicação do projecto. Pedro Teixeira acrescentou que o presidente da ACAPO comprometeu-se, a nível pessoal, a ajudar a encontrar entidades que apoiem o projecto. Entre os trabalhos em fase de desenvolvimento, o jovem investigador salientou as pistas de atletismo para deficientes visuais. Pedro Teixeira explicou que o projecto funciona de maneira idêntica à bengala sonora, uma vez que com faixas metálicas espalhadas ao longo do trajecto, com um receptor de bolso e um auricular, o deficiente visual vai recebendo as indicações sobre a sua localização e direcção. "Trata-se de um guia sonoro em recta e em curva, com identificação sonora de centro, de afastamento e de limites laterais de cada pista", referiu, acrescentando que existe também um aviso sonoro de aproximação e fim de curva e de meta. Além de pistas e centros de treino, o dispositivo poderá também ser aplicado em locais de lazer, como por exemplo no Parque da Cidade do Porto.
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