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(Lusa) - A qualidade dos serviços, designadamente a rapidez no acesso à Internet, e dos conteúdos oferecidos marcarão a diferença entre os fornecedores de acesso à Internet (ISP) gratuitos.
Uma conclusão que se tira das intervenções dos representantes de seis empresas fornecedoras de Internet gratuita no Seminário da Cisco Systems sobre este tema, em que estiveram presentes António Carriço (Telecel), Paulo Ribeiro (Telepac), Paulo Bicudo (Novis), Mário de Almeida (ONI), António Ribeiro (TeleWeb) e José Eiras Antunes (Jazztel).
A escassez de conteúdos em Português e, por vezes, a sua fraca qualidade são preocupações que surgiram no Seminário, nomeadamente por parte do Presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, Raul Junqueiro, a quem coube a intervenção de abertura do seminário.
Os participantes concordaram que em Portugal, tal como aconteceu na generalidade dos países do mundo em que surgiram acessos gratuitos à Net, vai haver um grande crescimento de utilizadores.
Mas todos defendem haver espaço para acesso gratuito à Internet e acessos pagos, incluindo com tarifas diversas, que são compensados pela oferta de serviços de que não dispõem aqueles que têm acesso gratuito.
Quanto ao futuro, os intervenientes consideraram que a Internet gratuita veio para ficar, porque dificilmente se inverterá essa tendência no mercado residencial, embora considerando que os fornecedores de acessos gratuitos têm objectivos complementares.
Como barreiras ao desenvolvimento, falou-se da excessiva regulamentação no mercado de telecomunicações, a frequente falta de qualidade de conteúdos em língua local, a falta de segurança do comércio electrónico, deficiências técnicas, limitações na capacidade das infra-estruturas, que geram engarrafamentos, custos das comunicações e falta de poder de compra de grandes estratos das populações.
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