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Opera 4 : o browser rebelde

O Opera não é um browser qualquer. É um software não ''alinhado'', com uma postura diferente neste tipo de produtos. Fiel à abordagem que teve nas versões anteriores, o Opera mantém a possibilidade da divisão do ecrã em varias janelas, cada qual com um site diferente. É o chamado interface para múltiplos documentos. Quer em janelas em cascata quer em janelas que ocupam fracções iguais do ecrã, é possível entrar em vários sites em simultâneo, sem que se perca muito conteúdo. Mas claro, se não tiver um ecrã suficientemente grande essa vantagem não serve de nada.

O browser continua com as úteis funcionalidades que permitem ''desligar'' as imagens com um simples clique num botão, diminuir ou aumentar percentualmente o tamanho das páginas abertas, o que é bastante útil quando a ligação é lenta ou o site que quer ver está muito ''pesado''.

Categorizado em tempos como o número três entre os browsers mais usados, o Opera tem ficado para trás em popularidade e também em tecnologia. O recente lançamento da versão 4 veio introduzir algum alento mas é indiscutível que, apesar de ser uma solução curiosa para navegar, não é de todo a mais eficaz, nem sequer muito mais rápida como alguns meios vincularam.

O motor do browser pode, de facto, mostrar-se mais leve na abertura das páginas, mas isso é feito à custa de medidas algo ''espartanas'', se comparado com algumas funcionalidades que os browsers mais populares exibem. O compromisso para atingir uma maior fluidez e rapidez do programa foi conseguido à custa de alguns cortes. O Opera pode até portar-se muito mal em sites que estejam baseados em tecnologias da Web mais recentes, como é o caso das em páginas que estejam baseadas em muitos javascripts, onde os resultados podem ser muito desanimadores. De facto, embora o browser seja rápido, muitas vezes é incapaz de produzir tabelas, forms ou frames correctamente.

Os grandes avanços da versão 4 em relação às anteriores são o suporte de CSS, Java (através do plug-in da Sun) Java-Script SSL e TLS. No entando, a evolução face à versão 3 não é significativa (o interface está melhorado mas sem grandes mudanças e continuam a existir alguns bugs) .

O Opera continua fiel à ''velha guarda'' e em alguns aspectos parece mesmo retrógrado. O Opera 4.X é de facto pequeno e compacto, mas destina-se a quem esteja disposto a abrir mais rapidamente as páginas, quem tem alguma dificuldades de visão, ou, mais simplesmente, quem tem que navegar num 386 ou 486. É no baixo consumo de recursos do computador que este browser tem o seu maior atractivo, sendo um verdadeiro ''poupadinho'' face aos browsers mais conhecidos.

O grande senão do Opera é não ser gratuito, uma politica muito impopular da Opera Software que tem relegado para segundo plano o programa, que custa cerca de 30 dólares (6.500$00).

O Opera inclui também um news reader e um cliente simples de email, sendo compatível com a maioria dos plug-ins da Netscape.


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