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| 26/05/2000 - Armindo Silva | Enviar por email Versão impressora | |
| Imperium Galactica II: Alliances | ||
Produzido pela Digital Reality e publicado pela GT Interactive, em Imperium Galactica II o jogador pode assumir o controlo de uma das três raças existentes, com o objectivo de conquistar o universo. Para isso tem à sua disposição o controlo de diversas áreas como a produção de naves espaciais e outras armas, construção e desenvolvimento de colónias em novos planetas e pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
À exploração do espaço!! Imperium Galactica II é basicamente igual ao primeiro título da série combinando a estratégia em tempo real em terra e no espaço, com a construção de cidades ''à la'' SimCity. O jogo segue a mesma filosofia de outros jogos de conquista: desenvolver as colónias propicia um maior crescimento da população aumentando o rendimento, desenvolvendo mais rápidamente a tecnologia encurtando assim o caminho para a conquista. 
No entanto o segundo título da série teve alguns melhoramentos, oferecendo agora três raças para a escolha do jogador, tendo cada uma delas, como não podia deixar de ser, características próprias. Os Kra'hen possuem ideais mais militaristas, enquanto os Shinari desenvolvem mais a espionagem e diplomacia, e por último temos os Solarians mais voltados para o desenvolvimento tecnológico.
Desenvolvimento aleatório Ao iniciarmos cada campanha em Imperium Galactica II, o programa gera aleatoriamente um mapa, ao contrário do primeiro título que apresentava sempre o mesmo. Apesar da campanha de cada raça possuir uma linha de desenvolvimento base, algumas decisões tomadas pelo jogador podem alterar alguns elementos da história. Por exemplo, em alguns pontos o jogador poderá optar por contratar um cientista dissidente de uma das outras raças que poderá contribuir substancialmente para o seu crescimento tecnológico. Estes pequenos pormenores aleatórios são muitas vezes a diferença que contribui para a longevidade do jogo pois o jogador pode acabar uma campanha começando outra que lhe fornecerá outros desafios. Auxiliar de construção... 
Num jogo deste tipo onde o jogador vai conquistando cada vez mais e mais planetas, a tarefa de gerir muitas colónias com tantos detalhes de desenvolvimento levaria até o mais aficionado a arrancar os cabelos. Para isso nada melhor do que a função Autobuild que permite seleccionar uma prioridade de desenvolvimento para cada uma das colónias. Pode-se determinar que uma colónia tenha um desenvolvimento maior na área tecnológica, ou militar, social, entre outras.
Esta função permite ao jogador dar maior atenção às conquistas e relações com as outras raças, além de evitar que uma das colónias comece a gastar recursos desnecessariamente. É lógico que pode-se optar por gerir todos os planetas, mas não é tarefa nada fácil!! Diplomacia e espionagem Imperium Galactica II: Alliances possui uma diplomacia não muito fora do vulgar, onde o jogador pode fazer uma série de pactos com as outras raças que podem ir desde acordos comerciais, alianças, trocas de tecnologia, pactos de não agressão, enfim, o usual. 
No entanto o modelo de espionagem tem o seu interesse com os espiões muito bem implementados que vão evoluindo aumentando a sua experiência conforme as missões prestadas, que podem ir desde sabotagem até assassínios e espionagem industrial. No entanto a maior experiência dos seus espiões contribui para o aparecimento de missões mais difíceis, onde eles podem ser capturados e mortos, ou pior, transformados em agentes duplos contribuindo para fuga de informações.
Gráficos e inteligência artificial Os gráficos do jogo evoluíram para o 3D em relação ao primeiro título, mas não são nada de especial ao contrário do que se espera de um jogo deste género, podendo ser classificados de suficiente para o efeito. É nas batalhas no espaço onde notamos mais que a parte gráfica deveria ter tido mais atenção. Quando em batalha, muitas vezes é difícil fazer a visualização em conjunto da nossa frota com a frota inimiga, sendo necessário um grande nível de Zoom para o efeito. Mas quando o fazemos, as naves ficam reduzidas praticamente a pequenas manchas dificultando a visualização e distribuição de ordens. No entanto os vídeos que intercalam determinados acontecimentos são adequados e interessantes, contribuindo para a imersão dentro dos acontecimentos. 
A Inteligência Artificial deveria ter tido outro tratamento. Não é que não dê para vivermos com ela mas às vezes encontramos situações em que a mesma poderia ser mais aliciante. Nas batalhas terrestres por exemplo, não é difícil darmos com os tanques inimigos a avançarem na nossa direcção em fila indiana enquanto os abatemos um a um sem que notemos nenhuma mudança de estratégia da sua parte, é esperar e destruir simplesmente.
Multiplayer O modo multiplayer tem capacidade para até oito jogadores por LAN ou Internet. Este é muito semelhante ao SinglePlayer tendo o ponto negativo para a resolução dos combates por parte do computador. Ou seja, os jogadores intervenientes do combate ficam à espera do resultado, sem poderem interferir nas estratégias de combate. Sendo o combate em tempo real uma das partes mais importantes do jogo, não se compreende o porquê da automatização deste ponto. Resumindo Apesar de alguns pormenores, Imperium Galactica II é um jogo interessante, não só pelo tema como pela capacidade de ser jogado mais de uma vez sem termos que passar pelas mesmas situações. Apesar do mercado estar cheio de jogos deste tipo, Imperium Galactica II é uma escolha razoável para aqueles que gostam de uma boa estratégia em tempo real.
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