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Alpha Centauri tem tudo para se tornar um sucesso, não só entre os novos jogadores, como para os fãs de Civilization. | |
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| 8/01/99 - Armindo Silva | Enviar por email Versão impressora | |
| Sid Meier's Alpha Centauri | ||
Alpha Centauri pode ser considerado como a segunda parte da série Civilization onde a humanidade depois de conquistar o espaço, chega ao novo planeta para criar uma nova Terra.
Esse novo 'lar' deveria ser seguro e completamente livre dos problemas do passado, mas ao longo da viagem do Sol para o novo sistema, discórdias entre os colonos originam diferentes facções. Ao chegar ao local, um possível conflito entre as facções leva a que estas não sigam os planos originais de uma colonização organizada, mas sim uma desesperada fuga de cada um dos grupos com aquilo que consigam carregar, dando início assim à aventura. Segundo um dos responsáveis pelo projecto, a principal semelhança deste título com Civilization está no facto de este também ser um jogo de estratégia com base em turnos, onde se constroem bases. Foi usada a perspectiva 2D isométrica do mundo do jogo. Com isso, a equipa de criação espera tornar o jogo acessível a um público mais vasto, uma vez que utiliza menos recursos do computador. 
Início do conflitoAo iniciar o jogo, várias opções de configuração estão disponíveis ao jogador (na demo algumas estão desactivadas). É possível escolher desde o tamanho do planeta, até ao nível de agressividade do meio ambiente e formas de vida alienígenas. É ainda possível configurar as condições de vitória do jogo além das características deste, que podem ser aleatórias ou não. O jogador começa com uma única cidade que se forma a partir do módulo que chega ao planeta. Devido ao início do conflito, as diversas facções deixam com pressa a nave mãe ficando para trás a maioria dos recursos e tecnologias. A partir daí é como no velhinho Civilization; construir, expandir, descobrir e conquistar. Aliás, pode-se escolher um governador em cada cidade que a desenvolverá segundo um destes parâmetros básicos, à sua escolha. No início da expansão, o jogador descobrirá recursos muito úteis ao seu desenvolvimento, além de ''pods'' da nave mãe (equivalentes às ''cabanas'' de Civilization) que podem conter unidades, tecnologias perdidas , etc. Começa-se por construir novas instalações, desenvolvendo pesquisas e encontrar a ecologia alienígena. 
Este planeta pensa''Alpha Centauri fornece uma experiência mais rica e aprofundada do que quaisquer dos jogos anteriores'', diz um dos responsáveis pelo jogo. Um exemplo fornecido pelo mesmo está no próprio planeta onde o jogador chega, inicialmente parecido com a Terra , mas aos poucos, , vão surgindo as suas próprias características e ecologia. O planeta responde à presença do jogador, reagindo aos seus avanços de uma maneira crescente e organizada, tendo aquele que escolher qual a melhor maneira de lidar com este sistema ''consciente''. Ecologia ataca! As formas de vida do planeta começam por responder aos distúrbios causados pela aterragem da sua nave, e com as capacidades de auto-regeneração do sistema ecológico, a força de resposta do planeta cresce com o passar do tempo. Um ponto a salientar: todas os jogadores sofrem com as acções do sistema ecológico, uma vez que não existe uma inteligência alienígena, não há a possibilidade de formar aliados. No entanto, para o sucesso, o jogador deverá fazer com que a resposta planetária seja redireccionada para o campo de jogo de um dos inimigos, ou pelas descobertas tecnológicas, ou mesmo adaptando as formas de vida alienígenas aos seus próprios propósitos. 
Para lá das fronteirasQuando o jogador não a lutar com o ''planeta'', está a lidar com os seus congéneres humanos. Todo o aspecto da diplomacia é muito vasto e importante, segundo a própria equipa que produziu Alpha Centauri. Há uma vasta gama de opções diplomáticas e centenas de combinações de pactos, comércio, etc. Existe ainda um Concelho Planetário onde os líderes das facções se encontram para decidir desenvolver projectos a nível global, como derreter as calotas polares, que seriam impossível para uma única facção conseguir. Outra característica é a introdução de fronteiras, o jogador pode agora ver onde acaba os limites do seu território e onde começam os do vizinho. Como é de esperar, ao ultrapassar estes limites para por exemplo, adquirir recursos, pode gerar conflitos numa ''guerra de fronteiras''. Techno mix Uma característica nova e bastante interessante, é a possibilidade de construir os nossos próprios veículos e unidades. Podemos misturar uma variedade de elementos tecnológicos como chassis, armaduras, armas, computadores, etc. Se não quiser perder tempo com isto, o jogador pode simplesmente dizer ao computador para construir um veículo que se adapte a determinadas características, e que use a melhor tecnologia possível. A equipa de criação implementou o conceito de protótipo com a finalidade de melhor adaptação à nova tecnologia pelo jogador. Assim, na primeira vez que se constrói uma unidade é cobrado um preço adicional pela construção do mesmo. Os protótipos podem tornar-se excelentes alvos para serem roubados, podendo o jogador roubá-los aos oponentes sem ter assim que pagar pelo mesmo, infelizmente o inverso também é verdadeiro. Guerra na agricultura! Apesar das facções parecerem similares às tribos de Civilization, aquelas são menos homogéneas. Em primeiro lugar elas divergem filosoficamente. Cada uma delas possuem forças e fraquezas inerentes, como os Spartans que são melhores guerreiros e os Gaians que estão mais virados para a ecologia. 
E tudo o vento levouOutro ponto verdadeiramente interessante, é a capacidade de alterar o solo, fazendo com que os ventos predominantes alterem uma determinada área para tornar o cultivo mais eficiente. Isto também pode ser utilizado como uma arma de guerra, uma vez que podemos alterar a climatologia do campo inimigo dificultando o desenvolvimento da agricultura do mesmo. Falando em guerra, para aqueles mais interessados no assunto, existe em Alpha Centauri a adição do combate psíquico, onde até a unidade mais forte e com maior poder bélico pode sucumbir aos ataques mentais. Civilization II era bastante modificável, e seguindo estes passos, a equipa de Alpha Centauri planeia continuar e expandir esta ideia. Esperam desenvolver programas capazes de editar os mapas, facções, regras, e os textos que envolvem diplomacia. Mesmo que uma certa parte do jogo não possa ser modificada com estes programas, os ficheiros permanecerão em formatos standard que poderão ser alterados por programas comuns. Sucesso à espreita Os jogos anteriores de Sid Meier, aparentemente, serviram de base para este jogo, somando um pouco de tudo o que já o tínhamos visto fazer, (em Civilization, Colonization, Gettysburg e outros) e introduzindo algumas inovações que só podiam sair mesmo da cabeça de um dos maiores mestres na arte de criar (bons) jogos. Alpha Centauri tem tudo para se tornar um sucesso, não só entre os novos jogadores, como para os fãs de Civilization.
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