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Um grupo de investigadores norte-americanos, liderados pelo prémio Nobel da Medicina, Stanley Prusiner, descobriu que as proteínas que estão na origem da doença das vacas loucas, os priões, poderão fixar-se nos músculos dos animais.

A tese defendida até agora é que apenas os tecidos cerebrais e linfáticos do gado poderão ser contaminados pela doença. No entanto, as investigações poderão pôr esta teoria em causa se for provado que, à semelhança do que sucede com os ratos, o tecido muscular do gado é também ele contaminante.

Os cientistas da Universidade da Califórnia/São Francisco descobriram que os ratos que receberam injecções intra-musculares com tecidos cerebrais de outros ratos ou hamsters infectados, concentraram doses significativas de priões em diferentes músculos, sobretudo ao nível das patas traseiras.

Os resultados da experiência foram publicados no início desta semana pela revista da Academia de Ciências norte-americana, onde os cientistas referem que "as descobertas indicam que é urgente um esforço exaustivo e sistemático para determinar a distribuição dos priões no músculo esquelético dos animais portadores da doença".

A primeira reacção ao estudo veio da parte das autoridades francesas, que anunciaram a intenção de efetuarem testes científicos em diferentes músculos de bovinos contaminados.